A história de Trairi enquanto vila remonta à chegada de sesmeiros portugueses em terras do litoral oeste, às margens do rio Trairi. Um desses sesmeiros, o primeiro que se tem notícias foi o tenente Estevão Vicente Guerra, cuja esposa, Dona Maria de Mendonça Furtado, era uma ilustre senhora portuguesa, filha de Leandro Teixeira Escócia de Drummond e neta paterna do Príncipe da Escócia Manoel Teixeira Escócia de Drummond. Dona Maria de Mendonça Furtado veio a Trairi por volta da segunda década do século XVIII, anos depois do assassinato de seu esposo em 1711. Ela pediu ao Governo português, em 1725, concessão de sesmarias (vide link: http://www.silb.cchla.ufrn.br/sesmaria/CE%201359) nas margens do rio Trairi, apossando-se também das terras que já pertencia a Estevão Guerra desde 1706. Dona Maria Furtado pediu as terras alegando que pretendia ajudar no povoamento do lugar e trazer seu grande rebanho de gado cavalar. No pedido de sesmaria feito por Maria de Mendonça, constam as segui
O município de Trairi é rico em vultos e personalidades históricas, na política e nas artes. Por volta do século XIX viveram em Trairi dois irmãos que alcançaram grandezas extraordinárias e que até hoje inspiram as novas gerações de trairienses, como nós. O primeiro, o mais velho deles, é Antônio Martins, um dos maiores combatentes na luta pela abolição da escravidão no Ceará; pioneiro no Brasil da luta antiescravista. O segundo é Álvaro Martins, poeta de grandeza maior, que conquistou o Ceará inteiro, o Nordeste brasileiro, tendo alcançado fama até na Europa, elogiado que foi pelo romancista português Eça de Queiroz. Tudo isso devido a sua inigualável qualidade poética. É sobre Álvaro o texto que segue: Em 4 de abril de 1868 nasceu em Trairi o poeta Álvaro Martins. Ainda adolescente foi morar no Rio de Janeiro, onde exerceu a atividade jornalística, colaborando com o jornal abolicionista Cidade do Rio, de José do Patrocínio, e no republicano Gazeta Nacional. Por pr